Audiophylia
O projeto Audiophylia - exposição multissensoriais - traz ao recôncavo a
nostalgia e a modernidade que norteia a contemplação sonora e estética nos registros
sonoros dos discos de vinil.
Do cilindro ao vinil, do fonógrafo de Thomas Edson ao primeiro disco gravado no
Brasil - o Zon-O-Phone nº 10.001, com a música Isto é Bom interpretada por Bahiano,
cantor natural de Santo Amaro da Purificação (BA). A exposição apresenta um
panorama histórico dos registros fonográficos analógicos – desde o período da gravação
mecânica à elétrica, além de impulsionar algumas das possíveis reflexões pertinentes ao
conceito audiofilia e audiófilo: termos que remetem a incessante busca por uma
reprodução o mais fiel possível de um determinado registro sonoro.
O disco – o ‘suporte’ da música gravada – é um tema museológico único: surgiu
há muito tempo, resiste como anacronismo e não tem futuro. Em uma sociedade
tecnológica de base digital, os conceitos de ‘suporte’ e ‘mídia’ gradualmente se
dissolvem. O disco é a grande metáfora do processo. Ricardo Labuto Gondim1
Com mais de 300 capas de discos, dentre os títulos que foram lançados entre 1910
e 2010; a exposição traz exemplares originais dos formatos de 35 rpm, 45 rpm e 78 rmp.
Ocasião oportuna para resgatar a memória das Máquinas Falantes: Gramophones,
Vitrolas, Radiolas e Toca-Discos e conferir como eram fabricados os discos de 78 Rpm
da RCA Victor, em um vídeo-documentário de 1942.
Do vinil aos vinis: dentre as tantas possibilidades estéticas identificadas nas capas
dos LPs, a exposição Audiophylia retoma a relação entre as artes gráficas e os discos de
vinil; relacionamento antigo que tem origem nos selos dos disco, que remetem à pintura
do Nipper; o fox terrier, que desde 1900 se tornou a marca registrada da Victor Talking
Machine Co. Criações gráficas que nos conduz até as atuais ressignificações estéticas do
vinil, o que inclui uma videoinstalação com fotografias de estudantes e professores da
UFRB segurando famosas capas de discos, registradas em novos ângulos e perspectivas,
resultando em notórios sleevefaces.
Audiophylia: exposição + disco de vinil + imersão multissensorial
De 20 a 30 de agosto de 2013
Foyer do Centro de artes, Humanidades e Letras –
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Cachoeira – Bahia
Horário de Visitação: 9h às 22h
Entrada Gratuita
1
Formado em teologia, Ricardo Labuto Gondim é professor, ensaísta e ficcionista. Autor de “Deus no
Labirinto” (contos) e “B” (romance policial), ambos publicados pela Editora Baluarte.
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PROGRAMAÇÃO:
19h30 - Mesa de abertura da exposição Audiophylia -
Auditório do Cahl - 20.08.2013
19h30 - Cerimonial de Abertura com a Equipe curatorial do Projeto Audiophylia (Douglas Saturnino, Lorena Reis, Menderson Bulcão e Rubens Ramos)
19h40 - "Os registros Sonoros Analógicos" - Marcelo de Almeida (à confirmar)
20h - "Eletroacustica, DJ's e os discos de vinil" - Prof. Claudio Manoel (UFRB)
20h20 - "As práticas de escuta do Rock" - Prof. Jorge Cunha (UFRB)
20h40 - Abertura da Exposição Audiophylia e Lançamento do livro "Práticas de escuta do Rock: experiência estética, mediações e materialidades da comunicação", Jorge Cunha (Editora EDUFBA) - Local: Foyer do CAHL/UFRB - EVENTO ABERTO AO PUBLICO.
21h30 - Coquetel de abertura da Exposição Audiophylia e Lançamento do livro "Práticas de escuta do Rock: experiência estética, mediações e materialidades da comunicação", Jorge Cunha (Editora EDUFBA) - Local: Pouso da Palavra