Por Laís de Oliveira
Passar no vestibular, mudar de cidade, perder o conforto de casa. Organizar roupa, comida e outros afazeres domésticos fazem com que a primeira opção seja morar num pensionato.

Segundo a pensionista Rosa Alexandrina, 71 anos, antes da universidade, ela recebia muitos agentes de banco e turistas, mas depois da instalação do campus da UFRB – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia passou a receber mais estudantes. “Não me programei; os alunos foram me procurando. Tenho eles como filhos e netos, cuido da alimentação e da limpeza da casa. A única coisa que complica são os horários”, afirma.
Nestes locais, gasta-se em média 400 reais mensais, com direito a três refeições e uma casa arrumada, o que, segundo alguns ex-moradores, nem sempre acontece. Incidentes com comida estragada, regras desnecessárias fizeram com que a melhor saída fosse alugar uma casa com mais alguns amigos.
Graças a Deus por encontrar uma casa, uma republica uma quitinete…
Josenildo Júnior, 18 anos, saiu da cidade de Alagoinhas – Ba e instalou- se em um dos pensionatos da cidade. Suas maiores queixas eram a respeito do tipo de postura do pensionista que o acolheu, regras que não existiam quando morava em casa, falta de opções nas refeições e um valor exorbitante.
A solução encontrada foi dividir uma casa com mais três colegas. “Facilitou muito, diminuiu os custos, a liberdade é maior e a casa tem mais conforto”, diz.
Michele Barros, 19 anos, afirma: “Minha maior dificuldade foi conviver com tantas pessoas diferentes, pois sou filha única e passei a dividir quarto com mais três e banheiro com dez. No entanto, a distância me fez amadurecer. O item doméstico que mais senti falta foi a maquina de lavar”.
Daniel Souza, 21 anos, com bom humor e grande apego à dona da pensão em que vive há dois anos, comenta: “Acho horrível a distância, sinto falta do convívio com a família, com os amigos próximos, prefiro morar em pensão, pois acho mais barato”.
