Rose Cerqueira, Editora Executiva e estudante de Jornalismo da UFRB, fala sobre a Revista Afirmativa

Jaqueline Riquelme

No dia 19 de março (quarta-feira) aconteceu a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia o lançamento da Revista Afirmativa, periódico que discute as politicas afirmativas, e o processo de luta pelas cotas nas Universidades, processo este desconhecido pelos cotistas, e também os episódios detse processo, seus personagens, as dificuldades e as vitórias. Entendam agora um pouco mais da Revista Afirmativa e como  fazer parte desse processo, em um questionário realizado com Editora Executiva, Rose Cerqueira.

Qual foi sua função na Revista, e como foi para você desempenhá-la?
Minha função é de editora Executiva. Na verdade essas funções foram pensadas apenas para cumprir uma espécie de protocolo de redação de jornalismo e também para cada um ter um papel específico com tarefas divididas, mas na prática acontece um trabalho coletivo, como é e deve ser o jornalismo – trabalho em equipe. Desempenhar algumas tarefas debatendo com toda essa equipe foi e tem sido uma experiência verdadeiramente construtiva e formadora. Todos que constroem e colaboram com a Revista Afirmativa tem profissionalismo. Encaramos a Afirmativa como um espaço de aprendizado e formação constante da profissão e assim nos divertimos.

Com que intuito foi criada a Revista Afirmativa?
Foi criada com o objetivo de exercitamos o jornalismo por outra via que não a hegemônica. Tentamos fugir ao máximo da receita de produção do texto jornalístico, experimentamos novas linguagens textuais sem esquecer o compromisso do jornalismo com a ética. A Revista Afirmativa surgiu da necessidade de discutirmos as políticas afirmativas e o racismo por um viés crítico, nos posicionando através de um jornalismo sem máscaras, sem o mito da imparcialidade. A ideia surge da constatação de que essa nova geração atendida pelas políticas de reparação não conhece a história de luta por tais políticas.

Quais os Frutos que você deseja colher com o advento da revista?
O reconhecimento profissional é um desses frutos, evidentemente. Somos jovens e em formação ainda, de modo que esse é o momento de experimentarmos e arriscarmos. Apesar da Revista Afirmativa ser algo embrionário, em processo, o que buscamos é apontar outros caminhos para os estudantes de jornalismo. Mostrar que existem outras alternativas profissionais e outras linguagens (isso soa prepotente, mas temos que ser … risos).

Você se sente realizada em fazer parte da Revista Afirmativa e por que?
Muito. Ver que a Afirmativa tem sido aceita e elogiada por profissionais, professores e colegas é para se sentir feliz. Todo jornalista é vaidoso, acho até que somos formados para isso. E trabalhar com Alane Reis, Morgana Damásio, Diogo Oliveira, Amanda Dias e Rafael Bacellar tem sido um prazer imensurável, sempre que nos encontramos nos divertimos muito. São profissionais e o aprendizado é intenso. Meus agradecimento a essa galera!

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