Formandos 2023.1 TAE - Curso Superior de Tecnologia em Artes do Espetáculo
Conheça um pouco mais sobre os os Trabalhos de Conclusão de Curso dos formandos 2023.1 e acesse aqui o Repositório Institucional do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas CECULT para ter acesso aos trabalhos.
MUITO AMOR AO PLÁSTICO
Murilo Garcia Bueno da Silva
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2690
Neste memorial, serão apresentadas reflexões sobre o projeto artístico e o processo criativo da pesquisa denominada Muito Amor ao Plástico - MAAP. Tal pesquisa consiste em uma série de obras desenvolvidas entre os anos de 2019 e 2023, nas quais, o plástico foi utilizado como materialidade para explorar práticas criativas no campo da arte, investigando suas potencialidades em experimentações sensoriais e relacionais, bem como os movimentos provocados em cada uma das obras produzidas. Ao longo da pesquisa, foi possível constatar a potência artístico-pedagógica do MAAP, especialmente ao ser convidado a propor atividades práticas para crianças e adultos. Nesse sentido, a ludicidade emergiu como elemento norteador das atividades desenvolvidas, potencializando a aprendizagem e o engajamento dos participantes. Como resultado final, apresenta-se um Livro-Objeto que documenta a trajetória das criações realizadas ao longo dos anos da pesquisa. Esse livro pode ser utilizado como suporte em práticas artístico-pedagógicas, possibilitando a disseminação dos conhecimentos e aprendizados construídos durante o processo.
O CAMINHO DA SALDADE: DA POESIA ATÉ O VIDEOCLIPE VIVENCIANDO SAUDADES
Gabriela Barbara Rodrigues de Lima
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2712
Neste memorial de conclusão de curso, apresento o processo de criação da canção e do videoclipe da música SALdade, de minha autoria e interpretado por mim, Gabi A Barbara, desde a abstração do sentimento, até a concretização das obras. Reflito sobre a saudade me apropriando de um neologismo poético a partir da palavra SALdade como motriz desse processo de criação. Elaboro as conduções feitas pelas minhas ancestrais, para que eu pudesse estar aqui me construindo como cantora e compositora, e como multiartista. Apresento sentimentos, técnicas e referências que dialogam com as minhas perspectivas musical, visual e sensorial tanto para a gravação da música SALdade quanto para a construção e gravação do seu videoclipe musical. Trago como referência musical os artistas brasileiros Rashid e Luedji Luna. Rashid por elaborar em suas composições histórias de trajetória de vida, semelhante a minha. E Luedji Luna especialmente em relação ao videoclipe dirigido por Joyce Prado.Trago também Audre Lorde como grande motivadora das minhas realizações artísticas. E trago reflexões sobre a experiência da direção de arte do clipe feito com baixo recurso.
MEMÓRIAS DE UM CORPO NEGRO EM TRÂNSITO: A TRAJETÓRIA DE UMA MULHER NEGRA DA ZONA RURAL ATÉ O SEU INGRESSO NA UFRB
Maria José de Jesus
http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2723
O presente memorial tem por objetivo demonstrar o processo de construção de um projeto artístico expositivo como trabalho de conclusão de curso do componente “Obra de Convergência Artística”, desenvolvido no curso de Tecnologias de Artes do Espetáculo do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Este trabalho se situa no campo das artes cênicas e teve como foco o diálogo entre a cenografia e a expografia, com o intuito de narrar resumidamente a minha trajetória pessoal como mulher negra, desde a minha infância no sul baiano até o meu ingresso na universidade pública. O tema principal da obra busca contribuir para uma discussão étnica e racial tão presente hoje na sociedade, demonstrando como o acesso à educação é fundamental para a tomada de consciência e o desenvolvimento de um senso crítico. De forma concisa, este memorial propõe igualmente uma discussão sobre a questão capilar da população preta que sofre discriminação, devido à textura dos cabelos. A questão capilar tem sido considerada um dos traços que marcam socialmente o indivíduo negro na sociedade e a bibliografia especializada aponta que tais discriminações também decorrem das características físicas da cor da sua pele, sendo um fator preponderante e com frequência alvo de violência racial. Nesse contexto, a população preta tem que lidar cotidianamente com atos racistas e olhares desconfiados da sociedade que não se conforma em dividir os espaços coletivos, em geral, com pessoas que possuem a pele preta, vendo-as de forma ameaçadora, como se a sua presença trouxesse para esses indivíduos brancos algum tipo de perigo e desconforto. Esses comportamentos foram introduzidos à sociedade brasileira ainda no período do colonialismo e reforçados ao longo da história do país que, embora seja considerada uma nação miscigenada, ainda é marcada por condutas racistas de pessoas que se sentem no direito de praticar o segregacionismo no cotidiano da sociedade. Para conceber e desenvolver esta temática em uma obra artística expositiva, as metodologias adotadas têm como base fontes bibliográficas especializadas tanto no campo da memória, quanto no campo das relações étnico raciais. O conjunto de material expositivo foi organizado do seguinte modo: registros fotográficos e escrita de relatos pessoais; gravação de áudios de alguns ambientes e sons específicos; e de registros fotográficos de lugares que marcaram essa minha trajetória. Além disso, foi realizada a confecção de maquetes físicas e virtuais dos espaços que pudessem abrigar essa montagem expositiva.