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Inscrições Abertas para o II Colóquio Franco-Brasileiro de Estética de Cachoeira: Fronteiras do efêmero na imagem digital

Publicado: Terça, 30 Setembro 2014 13:50

 

O II Colóquio Franco-Brasileiro de Estética de Cachoeira: Fronteiras do efêmero na imagem digital será realizado no dia 10 de outubro, em uma colaboração entre a Université Paris 8, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (CAHL-Artes Visuais) e a Universidade Federal da Bahia (PPGAV- EBA-Escola de Belas Artes), fazendo parte das atividades do grupo de pesquisa RETINA.International (Recherches Esthétiques et Théorétiques sur les Images Nouvelles & Anciennes ), coordenado pelo Prof. Dr. François Soulages da Université Paris 8 e do Institut National d'Histoire de L'Art, no ciclo de pesquisa “Dialogues Frontieres” (Diálogos de Fronteiras) em 2014.

 

No ano de 2013 O Colóquio Franco-Brasileiro de Estética na UFRB discutiu as fronteiras nas artes visuais, nos processos de criação, produção e recepção da imagem, compreendendo como a pesquisa em  artes vem deslocando esses limites nas práticas artísticas contemporâneas, nas relacões entre o corpo, a arte e a tecnologia, nos levando a um questionamento da própria existência dessas fronteiras. O debate provocado pelas conferências e mesas redondas abordou as seguintes questões: Como podemos discutir as fronteiras nas artes visuais?  Quais são os seus deslocamentos na produção artística contemporânea? Como esses limites são questionados nos procedimentos artísticos? Como as fronteiras entre as artes, entre os espaços e entre os diferentes tempos se diluem na arte digital? Quais os limites da imagem e da arte na cultura digital?

 

Na segunda edição do Colóquio Franco-Brasileiro de Estética na UFRB, sob coordenação da Profa. Dra. Valécia Ribeiro, realizado pelo [Re]image – Grupo de Pesquisa em Artes Visuais / Laboratório Corpo/Imagem/Convergência: processos poéticos no digital, o sujeito abordado tem como idéia principal o seguinte argumento:

 

Fronteiras do Efêmero na Imagem Digital

A imagem digital se constitui na lógica do efêmero, do tempo real: dados númericos disponíveis a serem modificados, atualizados. A imagem em tempo real é aquela cujo sentido corresponde a um determinado momento, uma imagem que se constrói ao mesmo tempo que a experiência. O efêmero na cultura digital não se refere somente ao que dura pouco, mas ao que está em constante transformação.

A forte presença que a experiência visual passou a ter nas nossas vidas com as tecnologias digitais se dá em função da hiperprodução de imagens e da possibilidade cada vez maior de visualizar o que antes não se sabia visualizável – do cosmos às imagens do interior do nosso corpo –, a representação de dados brutos (radiotelescópio, ressonância magnética/IRM) na tendência de traduzir tudo em imagens a fim de facilitar a leitura que se tem do mundo.

Em contraste ao desejo de  permanência, a forma de se relacionar com a imagem digital se constitui na instantaneidade, na substituição imediata de uma imagem por outra, uma informação por outra. Desde as tradicionais câmeras aos dispositivos móveis de comunicação em rede, estamos a cada momento criando imagens das nossas experiências, na intenção de perpetuar o momento efêmero. Ao oferecer uma grande possibilidade de produção, difusão, manipulação e interação, o digital potencializa a imagem como um importante instrumento de comunicação, de registro cotidiano, de visualização da experiência coletiva e pessoal. A imagem digital se estabelece no diálogo, na ação. Torna-se um processo, um acontecimento, criando identidades e espaços efêmeros nas experiências compartilhadas em ambientes ou comunidades virtuais.

Face ao fluxo incessante de imagens na contemporaneidade, a arte reflete e produz um pensamento baseado nas práticas próprias à cultura digital: a metaformose, a apropriação, a comunicação instântanea, a interatividade, a colaboração em rede e etc. A arte digital, resultante de uma interação, que se realiza sobretudo por meio da imagem como interface, parece cumprir a promessa de uma arte efêmera, baseada na lógica do acontecimento – algo que não pode se repetir, uma vez que se constitui na experiência –, e de uma criação compartilhada, na obra como processo.

Como as imagens digitais criada por artistas, programadores, amadores, podem servir à realização e conceitualização de uma poética e estética contemporânea? Servir a uma estética do efêmero ou da permanência, em uma memória digital que não cessa de se reconfigurar? Quais fronteiras temporais as imagens digitais questionam?

 

Entre as atividades do II Colóquio, acontecerá a I Mostra de Videoarte do Recôncavo da Bahia - [Re]Ações : reflexões e relações sobre o corpo-ambiente, o corpo-social e o corpo-autobiográfico, no Cine Theatro Cachoeirano, reunindo trabalhos dos estudantes do curso de Artes Visuais.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas acessando o blog ou no local durante a abertura do evento, das 8:30 h às 9 h.

Mais informações: http://iicfb-fronteiras-do-efemero.blogspot.com.br 

 

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