Grito Rock tem fracasso de público em Cachoeira

O evento teve um público reduzido em comparação às duas edições anteriores.

Murilo Santana

Cachoeira – Pela terceira vez, Cachoeira foi cenário para o Grito Rock. Nesta edição, o evento ocorreu na praça Teixeira de Freitas e contou com a participação de diversos artistas do Recôncavo, que desde as 10hs do último sábado(28/03), apresentaram ao público seus trabalhos, uma parcela da diversificada cultura da região.

Diferentemente de outras cidades que sediaram o Grito Rock, em Cachoeira, o evento não atraiu muitas pessoas. (Foto: Karlos Vynicius)
Diferentemente de outras cidades que sediaram o Grito Rock, em Cachoeira, o evento não atraiu muitas pessoas. (Foto: Karlos Vynicius)

O evento aliou aspectos diversificados das manifestações culturais do Recôncavo, desde exposições de pinturas, xilogravuras e fotografias, além da apresentação da Orquestra Reggae de Cachoeira, contribuindo para mostrar ao público que é possível  haver interação do Rock com outros segmentos culturais.  As bandas Tio Maruzo, Stephen Ulrich, Mang Mama e Escaparate de Baiano deram continuidade ao Grito que seguiu até a madrugada de domingo.

Embora fosse a terceira edição, o evento teve um público reduzido em comparação às duas edições anteriores. Este fator deve-se, segundo o vocalista da banda Tio Maruzo, Saulo Leal, ao enfraquecimento que o rock sofre atualmente com a ascensão de outros estilos musicais.  Leal salienta ainda que “o próprio público do rock está desanimado com o cenário musical que se apresenta, uma vez que, a música dominante, que ‘mata’ as outras músicas, não permitindo que elas toquem, sem contar na falta de apoio que não temos, pois como percebe-se, os investimentos financeiros são mais direcionados aos segmentos mais populares”, afirmou.

Ainda sobre o número reduzido de pessoas no Grito Rock de Cachoeira, o muritibano Claudio dos Santos disse que “o rock and roll é visto ainda, com um olhar preconceituoso por determinadas pessoas, e também, por termos uma cultura musical na Bahia, em que o axé, o pagode e o arrocha predominam. O rock tem menos visibilidade, devido à falta de uma divulgação maior desse estilo”, destacou.

O produtor do Grito Rock em Cachoeira, Dudu Cunha, afirmou que, por falta de patrocínio e divulgação, o evento teve um público pequeno. No entanto, em outros lugares, como em Feira de Santana, Guanambi, Adamantina e demais cidades onde o Grito Rock é realizado, a presença é constante e massiva.

www.gritorock.com.br

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