O futebol amador do Recôncavo é para se reconhecer

O futebol do interior também tem seu valor. Estádio lotado, buzina na mão de torcedores vestidos com a camisa do seu time, charangas tocando, papel picado voando… Poderia ser um jogo de Copa do Mundo, mas não, pelo menos oficialmente. O estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães, em Santo Amaro, na Bahia, foi palco da 61ª final do campeonato intermunicipal de futebol amador da Bahia, disputado … Continuar lendo O futebol amador do Recôncavo é para se reconhecer

Mulheres negras nos espaços acadêmicos: Sim, elas existem!

Nos últimos anos, o número de universidades públicas no Brasil tem crescido pertinentemente. O ingresso de jovens negros e indígenas tem sido possível devido a implantação das políticas públicas que buscam assegurar a inclusão racial nesses espaços que, até então, foram ocupados durante décadas exclusivamente por indivíduos brancos. Ainda assim, hoje é possível notar a presença dominante de mulheres nas academias, comparada a participação masculina. … Continuar lendo Mulheres negras nos espaços acadêmicos: Sim, elas existem!

Mulheres negras nas Universidades: o que está por trás dos indicadores

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Camilla Souza A participação de mulheres negras com doutorado nas cadeiras das universidades do país, assunto pouco abordado entre os acadêmicos de modo geral, é discutida no artigo: “Doutoras professoras negras: o que nos dizem os indicadores oficiais”, publicado em 2010 por Joselina Barbosa, negra e doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ. Na análise, dados levantados em … Continuar lendo Mulheres negras nas Universidades: o que está por trás dos indicadores

Mulheres nas Engenharias: A conquista de um espaço antes tido tradicionalmente como masculino

As mulheres estão provando que o mercado está mudando, bem como a engenharia como conhecemos e estamos acostumados. Por Thielly Cristine Cassiano No senso comum da sociedade patriarcal, desde pequenos somos ensinados sobre qual é o papel e função da mulher. Aprendemos que a mulher deve cuidar da casa e dos filhos e os homens devem prover a família, trabalhando fora de casa e conquistando … Continuar lendo Mulheres nas Engenharias: A conquista de um espaço antes tido tradicionalmente como masculino

Elas também podem

                                                                                                                                                                                             Natália Lima

Ainda hoje, podemos perceber a forte desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, principalmente nas áreas de ciências e tecnologias. Como diz a autora Elizabeth Bortolaia, no texto “Des-construindo gênero em ciência e tecnologia”: “É comum se ouvirem explicações simplistas sobre a realidade de que as coisas são do jeito que são em virtude de homens serem homens e mulheres serem mulheres.” A naturalidade com que essa divisão é vista pela sociedade causou profundas conseqüências psicológicas, de comportamento e sociais.

Elas Fundo de Investimento Social, é um projeto que há mais de 15 anos, investe exclusivamente nos direitos e no protagonismo feminino ao doar recursos para grupos informais e formais e organização de mulheres em todo Brasil, além de promover seu fortalecimento institucional. São milhares de mulheres de diferentes etnias, raças, orientações sexuais, histórias de vida e perspectiva direta e indiretamente apoiadas todos os anos em projetos que somam diversidade, transversalidade e inovação.

Entre esses projetos foi criado o “Elas nas Exatas” que tem o objetivo de contribuir para redução do impacto das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais e no acesso à educação superior das estudantes. É a primeira vez que o ELAS lança um concurso com foco em educação, ciências exatas e tecnologias.

Lançado no de 03 de agosto de 2015, o concurso recebeu 173 propostas de todo o país. Foram selecionados 10 projetos que serão realizados com alunas do ensino médio de escolas públicas e voltados para estimular as meninas a se envolverem com as ciências exatas e tecnologias, sensibilizando a gestão escolar. Oficina de circuitos elétricos, aula-performace sobre mulheres cientistas, capacitação em robótica, programação com software livre, produção de webseries sobre a atuação de mulheres negras na história das ciências, criação de peixes e hortaliças com uso da técnica aquaponia e capacitação na área automobilística através do desenvolvimento de um veículo são algumas das ações previstas nos projetos aprovados. Cada projeto receberá 30 mil reais. Todas as informações estão na pagina “Elas Fundo de Investimento Social” no facebook.

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Foto tirada da página Nativas Digitais no facebook

Entre os aprovados está o projeto, Nativas Digitais da Fundação Casa Paulo Dias Adorno, localizada em Cachoeira-Ba. Que tem como objetivo especializar meninas na área de ciências exatas e tecnologia. O projeto foi aprovado em 2° lugar, o que sem dúvidas é motivo de grande orgulho para o povo cachoeirano. Em entrevista, Marcelino Gomes de Jesus, diretor da fundação, relatou que foi feita uma parceria com Colégio Estadual da Cachoeira (CEC), onde estão sendo realizadas as aulas, todos os sábados. A seleção foi feita através de um questionário que foi passado em todas as salas de aulas do colégio, onde foram selecionadas 27 meninas, o curso iniciou no dia 12 de março de 2016 e tem a durabilidade de 9 meses. Marcelino concluiu dizendo: “Nosso objetivo é mostrar para essas meninas que elas são capazes de trabalhar onde elas quiseram.”Foto tirada da página Nativas Digitais no facebook

É através de projetos como esse que o mundo pode se tornar mais igualitário. Dando as mulheres a oportunidade de mostrar que elas são capazes de esta onde elas quiserem. E mostrar para a sociedade que a diferença de gênero não interfere nem para melhor, nem para pior nos seus atos. Para Elizabeth Bortolaia “É tempo de mudar a nossa maneira de conceber as diferenças sociais se quisermos que as nossas realidades não sejam totalizadoras e que as nossas vidas reflitam as possibilidades de não-dominação. A questão não é apenas de diferença entre homens e mulheres, mas, sobretudo de desigualdade. A preservação e o cuidado com as diferenças é a parte do projeto de reconstrução de um mundo mais igualitário.”

 

 

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Professoras doutoras negras: um caso de sucesso e representatividade no Recôncavo

Por: Jamile Novaes Segundo indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), até o ano de 2005, dos 63.234 docentes do ensino superior, 1.659 eram mulheres negras e, dentre essas, apenas 251(0,4%) possuíam o título de doutorado. Tais dados retratam uma limitação existente no acesso de mulheres negras à universidade. Mesmo entre … Continuar lendo Professoras doutoras negras: um caso de sucesso e representatividade no Recôncavo

Mãe Lita conta a importância de parir seus filhos em casa com parteiras

Iêda Maria Brito Parteira é um título mais antigo do profissional que chamamos de obstetriz. Ao longo dos anos, baseando-se em novas filosofias, houve mudanças, na denominação e na área de atuação dessas profissionais. Passando de parteira para obstetriz (1925) e finalmente a enfermeira obstetra (1949). Até 1932, no Brasil, a pratica da profissão era exercida por mulheres possuidoras de “Certa experiência de Examinação das … Continuar lendo Mãe Lita conta a importância de parir seus filhos em casa com parteiras

Mulheres negras no mercado de trabalho baiano

 Por Karla Souza   As mulheres negras são a maioria da população da Bahia, 51,8% no estado mais negro do país, 79,3% segundo o IBGE na Síntese de Indicadores Sociais, em 2015. A maior parcela no trabalho informal e na frequência ao ensino superior também são as mulheres, no entanto, recebem em média R$302 a menos que os homens. Enquanto o rendimento médio das pessoas … Continuar lendo Mulheres negras no mercado de trabalho baiano

O limitado número de docentes doutoras negras

Noézia Teixeira No Brasil, de 63.234 docentes na educação universitária, apenas 251 mulheres são professoras doutoras negras, informa Joselina da Silva, no texto Doutoras Professoras negras: o que nos dizem os indicadores oficiais, com base no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – Sinaes,  até o ano 2005. A autora do texto aponta o dedo para aqueles que desenvolvem estudos sobre a educação no … Continuar lendo O limitado número de docentes doutoras negras

A desconstrução de gênero na infância

Aline Ogasawara   As discussões a respeito de gênero vêm ganhado bastante espaço atualmente. A luta feminista traz à tona questões que são tratadas como naturais na sociedade, mas que precisam ser discutidas para que se alcance uma igualdade de gênero. A inserção do indivíduo no meio social começa na unidade primária: a família. Como os ideais de desconstrução de gênero desse movimento contribuem para … Continuar lendo A desconstrução de gênero na infância

Em oito anos, cargos de supervisão ocupados por mulheres crescem 13% na Embrapa

Diego Azevedo A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), segundo seu site, é uma instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. Tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias, conhecimentos e informações técnico-científicas voltadas para a agricultura e pecuária brasileira. Tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade … Continuar lendo Em oito anos, cargos de supervisão ocupados por mulheres crescem 13% na Embrapa