Por Suely Alves

O dia 12 de outubro não é só festa para as crianças, nem para a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. É também orgulho para os munícipes de uma cidade localizada na região sudoeste, no Recôncavo Sul, a 235 km de Salvador.

A cidade completa nesta terça-feira 84 anos de desenvolvimento econômico, político e cultural. Devido ao estado de saúde do prefeito, não vai ter bolo nem festa, mas para os moradores há uma lacuna, a tradicional micareta não vai acontecer.

Segundo a professora aposentada, Maria da Conceição Oliveira de Souza, natural de Santa Bárbara, que há 30 anos vive no município, todo aniversário deve ser lembrado, como uma forma de reforçar a sua importância.

Em sua opinião, a emancipação foi um momento histórico para Mutuípe, que passou a trilhar seus próprios caminhos. “Terra amiga, aqui eu encontrei um lar”, disse.

História

A capital do Vale do Jiquiriçá como é conhecida, teve sua origem em 1860, quando João Manoel da Rocha, morador do local, propôs uma barganha e o índio aceitou trocar suas terras por uma espingarda e vísceras de um boi.

Ali nascia o povoado de Mutum, que conseguiu sobreviver a duas catástrofes: a enchente do Rio Jiquiriçá, em 1914, e a varíola, em 1919, dando seguimento à dinâmica da cidade.

Em 1926, Mutuípe se emancipou de Jiquiriçá e passou a construir um tapete de valores para que as pessoas trilhassem em busca do progresso.