Luiz Nova: “Sem livros não se faz uma universidade”

Livros  de diversas autorias são vendidos em  no Centro de Artes, Humanidades e Letras.
Livros de diversas autorias são vendidos em no Centro de Artes, Humanidades e Letras. Foto: Murilo Santana.

 Karlos Vynicius

A Banca de Livros de seu Ademar Olímpio, localizada no Centro de Artes, Humanidades e Letras, é uma oportunidade para que  professores possam colocar à venda suas obras,  estudantes e funcionários possam adquirir livros a preços mais acessíveis. Livreiro há mais de 30 anos, seu Ademar, desde que surgiu a UFRB, já tinha o desejo de colocar um estande de livros dentro da Universidade. No princípio, ele apenas expunha em festas como a de N.S. da Boa Morte e na universidade em ocasiões especiais, como eventos e palestras.

Porém, ha  um ano devido a um abaixo assinado feito pelos estudantes, sua banca tornou-se fixa. De acordo com o proprietário, a banca reúne cerca de 700 títulos dos mais variados gêneros literários e autores, sendo os mais vendidos os relacionados a religião, em particular o candomblé. Apesar da importância que deve ter o livro na vida de um estudante, principalmente o universitário, seu Ademar conta que a vendagem em sua banca é fraca, salvo em eventos e que falta um estímulo maior a leitura dentro da própria universidade. “Precisa de um incentivo maior a leitura, o valor do livro aqui comparado aos de outras editoras é muito barato, só precisa de uma maior valorização dos livros por parte dos alunos” enfatiza.

Sobre a importância de se ter uma banca de livros na entrada da universidade, o professor Luiz Nova afirma que “ sem livros, não se faz uma universidade e essa banca é uma excelente oportunidade que o aluno tem para adquirir obras que irão ajudá-lo a refletir criticamente a respeito tanto de sua profissão quanto da sociedade em que vive” pontua. Para Nova, inclusive, a universidade precisaria dispor de um espaço apropriado para que o aluno pudesse adquirir obras do seu interesse da mesma forma que tem a biblioteca.  “Deveria haver uma livraria para que o estudante pudesse comprar o livro para si, para sua vida, e não só lê-lo através de empréstimo.”

Para a estudante Danielle, concluinte do curso de Cinema, a banca é um incentivo a leitura. “acho interessante o estudante chegar e já ser ‘recepcionado’ por uma banca de livros, porém acho os livros para as condições dos estudantes, um pouco caros.” Com relação a diversidade de livros ela expõe:    ”Acho que deveria haver uma maior variedade, não só livros acadêmicos como também romances e outros gêneros para incluir também a comunidade e não só os universitários em si” conclui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *