Por Caiã Pires
Além dos atrativos históricos, o tombamento de São Félix possibilitará novas propostas para o turismo da cidade, gerando novas fontes de renda e apurando a conscientização da população.
Segundo Welington Lima Duarte Filho, diretor de turismo, São Félix tem projetos para o aquecimento do turismo náutico (passeios de barco no rio Paraguaçu) e do turismo étnico, onde se valoriza e apresenta as religiões africanas aos visitantes, além do mapeamento e catalogação dos atrativos naturais da região, possibilitando o turismo de aventura e trekkings em geral.
No entanto, ele ressalta que o departamento não estabelece a oferta de infraestrutura turística, e sim, trabalha na promoção, organização e divulgação do destino turístico. “O departamento de turismo age para trazer a demanda necessária para atrair interessados em abrir agências, pousadas e restaurantes”, acrescenta.
Beatriz da Conceição, Diretora de Cultura de São Félix, afirma que a nomeação da cidade como Patrimônio histórico e cultural já cria de antemão uma maior visibilidade na mídia em geral, consequentemente gerando uma maior demanda turística para a cidade.
“Em Cachoeira funcionou assim. Quando houve o tombamento, eles não tinham nem metade da infraestrutura que têm hoje. Com o aumento da demanda, Cachoeira foi atraindo mais empresários”, comenta ela.
“A gente aqui vive dos empregos em serviço público, na Santa Casa ou nos supermercados. É o que a gente tem. Se a gente conseguir manter nossos jovens aqui, trabalhando nesses empregos ligados ao turismo e cultura, e com a UFRB tão próxima, a nossa identidade não será perdida”, desabafa Elba Matos de Oliveira Pereira, secretária de educação, sobre a nova situação de São Félix.
Matérias relacionadas