Artistas se adequam para seguir protocolos e realizar eventos onlines

Lives shows durante a pandemia da Covid-19 demandam capital e contratação de profissionais qualificados

Texto e direção de arte: Caio Nicolav

Artistas buscaram alternativas de viabilizar seus serviços com a pandemia, que impôs distanciamento social no Brasil desde março de 2021. Uma saída foi buscar editais para realização de lives shows, que demandam capital para contratação de profissionais qualificados. Foi o caso do projeto Live Show no Céu Ana Maria, localizado na cidade de Santo André, São Paulo, idealizado pela banda Pânico X em parceria com o fundo de cultura da cidade e pela Lei Aldir Blanc 14.017/20.

O projeto foi iniciado em no dia 12 de junho deste ano. E o evento surgiu a partir de uma ideia de proporcionar lazer e cultura através dos meios tecnológicos, visto que desde o início da pandemia a maioria dos artistas buscam novas possibilidades de visibilizar seus serviços, pois ainda encontrasse vetado a realização de eventos em espaços públicos, o principal meio de renda para a maioria dos artistas.

Por meio de editais proporcionados pelo governo e pela prefeitura do estado, artistas encontraram maneiras de se adaptar ao período de pandemia, se atualizando aos diferentes meios de streaming e de captação de renda por meio de visualizações nas redes sociais, entretanto, é necessário que haja equipamentos e profissionais capacitados para exercer determinadas funções em um evento online.

Para o bom funcionamento de uma live show, além de capital para contratação de profissionais qualificados, também o fornecimento de equipamentos específicos para captação de imagem e som, proporcionando uma melhor experiência e inserção para os espectadores.

A cidade de Santo André (SP) proporcionou tudo que é necessário para realização destes shows, em específico a live realizada pela banda Pânico X, houve a capacidade de contratar profissionais de iluminação, captação de imagem, projeção, e disponibilização de um espaço público, o Céu Ana Maria dispõe de um anfiteatro, iluminação, projetores, sala de mídia e vestiários, desta forma capacitando os projetos a seguirem os protocolos estabelecidos pelo governo do estado a respeito da pandemia.

De acordo com o  vocalista Denis Oyakawa e a vídeomaker Thayna Messa o funcionamento do evento e o seguimento dos protocolos foram seguidos durante toda produção e organização, “a gente gravou o nosso DVD e assim virando um show online, os protocolos contra a covid-19  no nosso caso foi um evento fechado ao público, onde a maioria da produção já estava testado, e os mais velhos vacinados, a equipe, todos utilizando máscaras e fazendo uso do álcool em gel, então na parte dos protocolos e realização do evento, tudo foi bem tranquilo”, disse o vocalista da banda Denis Oyakawa.

Incentivo por parte do governo aos artistas

Por meio da Lei 14017/20 Aldir Blanc (“A Lei Aldir Blanc – também chamada Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural ou Lei Aldir Blanc de apoio à cultura – é como ficou denominada a Lei nº 14.017 de  29 de junho de 2020 elaborada pelo Congresso Nacional com a finalidade de atender ao setor cultural do Brasil, maior afetado com as medidas restritivas de isolamento social impostas em razão da pandemia de Covid-19, destinando para tal o valor de três bilhões de reais”.) e das prefeituras, se tornou viável a criação dos eventos artísticos, por meio de reuniões dos artistas com ao conselho municipal de cultura, pode ter  distribuições de renda e editais para artistas independentes e periféricos, tudo isso por meio de verba via fundo federal para os municípios, assim fazendo com que cada cidade tivesse a criação de seus próprios editais, em específico com a cidade de Santo André houve o cumprimento da lei e colaboração, dando suporte técnico e capitalizando seus artistas.

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