Alunos do Colégio Polivalente e comunidade de São Gonçalo dos Campos não encontram lugar para praticar esportes. Comentando a situação do único ginásio de esportes da cidade, a vice-diretora do Colégio Polivalente de São Gonçalo dos Campos, Luciana Barreto Tavares, disse que “há mais de 10 anos o ginásio não recebe manutenção e não temos onde praticar esportes e promover eventos do colégio”.

De quem é a responsabilidade?

Inicialmente, havia um diretor de esportes, que toda semana realizava eventos junto à comunidade. Os alunos do colégio estadual só poderiam usar a quadra três vezes na semana e aos finais de semana o local ficaria por conta de usos para a prefeitura, que tinha como proposta inicial promover eventos de esporte e entretenimento para a comunidade de São Gonçalo.

Mas, segundo Luciana Tavares, isso não ocorria. Realizando convenções partidárias, a prefeitura não dava manutenção devida ao local, contribuindo para o estado atual do ginásio.

Voltando a posse do centro de esportes para o colégio, a cooperação técnica perdeu a validade. Há mais de um ano, dois engenheiros foram fazer uma vistoria no local para uma possível reforma.  Conta a vice-diretora, que, na verdade, a verba que foi liberada no diário oficial para reformas estava destinada apenas ao colégio, excluindo o ginásio.

Hoje, o ginásio foi completamente vedado para evitar entrada de curiosos e evitar acidentes. Os 1.420 alunos do Colégio Polivalente realizam aulas de educação física, em sua maior parte, dentro das salas de aula, pois a quadra também não está em condições de manter as atividades.

Secretário de cultura, educação e esporte do município

Os problemas com estrutura do ensino em São Gonçalo vão da administração do Estado até o município.  Em exercício desde 18 de agosto deste ano, Narciso Amâncio da Silva, secretário de cultura e esportes da cidade diz não ter respostas para justificar o vínculo entre o governo do estado e município, com relação ao ginásio.

Quando questionado sobre as condições do ginásio, confessa também que há mais de 20 anos que não vê uma reforma estrutural naquele local, que conhece desde criança. Fala apenas de planos para projetos que podem entrar em vigor no próximo ano, mas nada que tenha uma resolução de imediato.

Narciso da Silva explica que, assim como a educação, as questões para melhoria de projetos culturais estão tentando ser resolvidas. Mas, enfatiza: “Como, em qualquer cidade do interior, não há muito que se fazer na área de cultura em São Gonçalo dos Campos”.

“Não tem como tapar o sol com a peneira”

Luciana Da Silva Queiroz Santos, que é diretora do Colégio Municipal Nelson Fonseca, declara sua tristeza em não ter uma boa estrutura física no colégio, fala que as péssimas condições estruturais são visíveis, mesmo assim, diz que os planos pedagógicos são todos cumpridos ao final do ano letivo. “Estrutura física não impede o corpo docente de fazer um bom trabalho”, afirma a diretora.

Quando questionada sobre o ensino público na cidade, fala que, no caso do colégio onde trabalha, consegue fazer o melhor para atender as necessidades dos alunos. E, que em breve espera a transferência do colégio para um novo prédio, que atenderá melhor a demanda da escola.