Humanizar é o novo desafio da Santa Casa de Cachoeira

Por Cátia Lima

A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) investiu cerca de R$ 1,3 milhão na reestruturação, requalificação e ampliação do Hospital São João de Deus da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira.

A reforma, que durou três anos, terminou no fim do ano passado e o novo espaço conta com diversas salas, inclusive consultório dentário, porém só estão funcionando as salas de clínica médica e da triagem, onde o paciente é avaliado antes da consulta final, para assim agilizar e priorizar casos mais graves. A pediatria e a ortopedia funcionam no antigo local onde sempre funcionaram e as outras salas ainda estão inativas por enquanto.

A área ambulatorial possui central de ar refrigerado, televisão, filtro de água gelada; paredes decoradas com telas, fotografia e gravuras, com o intuito de humanizar o ambiente, segundo o coordenador de gestão do hospital, Luiz Antônio Araújo. Contudo, a parte interna do hospital continua como antes: dependências velhas, roupa de cama gasta e puída, falta travesseiros, sistema elétrico e hidráulico antigo e televisores quebrados. Apenas a estrutura do telhado do internamento e do centro cirúrgico foi restaurado na construção do novo anexo. 

Santa Casa de Cachoeira (foto: Rafael Lopes)
Santa Casa de Cachoeira (foto: Rafael Lopes)

De acordo com Luiz Antônio, novas roupas de cama já estão sendo providenciadas, e a estrutura física está passando por um processo de diagnóstico e não há prazo para o término da reforma. A prioridade agora é fortalecer a política da mulher, humanizando o centro de obstetrícia, o centro cirúrgico e internamento.

Questionado sobre a cota de ultrassonografia a qual o paciente muitas vezes precisa pagar por esse exame, ele esclareceu: “Isso faz parte de uma negociação entre o governo e o município, um tipo de contrato chamado Pactuação Programado Integrado (PPI), baseado na quantidade de serviço e procedimentos de saúde, fundamentada no quadro demográfico.”

O desempregado Márcio de Jesus Azevedo, de 27 anos, se queixa e diz: “O atendimento está péssimo, para ser atendido a pessoa precisa estar morrendo, é muita demora no atendimento”.

O pedreiro José Raimundo Ferreira Alves, 48 anos, discorda, diz que agora o atendimento é mais rápido, o ambiente ficou melhor e sempre foi bem atendido.

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