Rafael Bacellar

Cachoeira – Os servidores públicos federais estão em greve desde o dia 17/03, quando a biblioteca do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) fechou suas portas.

O aluno do segundo semestre do Curso de Jornalismo, Lídio Gabriel Chaves, diz que tem vários livros para entregar, “e ainda não sei se terei que pagar multa”, completa.

Além do Curso de Jornalismo, o CAHL também concentra os cursos de Cinema e Artes Visuais, que frequentemente precisam usufruir de equipamentos da universidade como câmeras fotográficas, filmadoras e etc.

Sem os funcionários, não existe controle no empréstimo desses materiais, o que é um grande problema para quem precisa realizar atividades até o fim do semestre, que se encerra no início de abril. E já que são os servidores que alimentam o sistema da universidade com dados dos alunos, cogita-se que, graças à greve, não haverá pré-matrícula e matrícula online pra 2014.1.

Alguns ainda culpam os servidores pela falta de internet no campus, que encontra-se sem o serviço desde o início da greve. “Se os funcionários não estão aqui para resolver o problema no wi-fi, quem vai resolver?” questiona a graduanda do 7º semestre do curso de Serviço Social, Thaiane Orrico.

 

O andamento

No dia 19/03, os professores realizaram uma assembleia geral onde decidiram não aderir à greve, mas isso não descarta uma paralisação futura, o que deixa muitos estudantes apreensivos já que o calendário da UFRB está atrasado em decorrência das greves ocorridas em 2012.

Os servidores reivindicam uma pauta antiga: cumprimento da lei do piso, jornada e carreira, investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de Educação (PNE) e destinação de 10% do PIB para a educação pública.