Mulher negra que se ama, que não segue a lógica racista, que não se importa com opiniões de pessoas que só querem inferiorizar e dizer que estética negra não representa beleza, mulher que passa por cima do racismo e de esteriótipos criados pela sociedade, incomodam não é? O Reverso Explica alguns motivos.
Mas o que é empoderamento negro? Empoderamento refere-se à mudanças sociais num aspecto antirracista, elitista e sexista por meio das mudanças sociais e consciências individuais. O empoderamento significa ter consciência dos problemas que aflige diretamente as(os) negras(os) e criar alternativas para combatê-los. O empoderamento tem significado coletivo, se trata de empoderar a si e aos outros e colocar as mulheres negras como sujeitas ativas de mudança. (Definição inspirada em Djamila Ribeiro)
Quando uma mulher empodera a si, ela tem condições de empoderar outras mulheres.
AUTO-AMOR COMO RESISTÊNCIA
Porque é que mulher negra, que se ama do jeito que é, incomoda tanto? Negras vão incomodar por serem elas mesmas, por saberem o que querem e por alcançarem seus próprios objetivos sozinhas. Cada dia que passa, vê-se mais mulheres deixando de se esconder, com baixa autoestima. Cada vez mais mulheres negras vêm erguendo seus turbantes e com consciência de sua força, potência e a importância de sua representatividade.
“Quando você se ama e se aceita enquanto mulher negra, você está causando uma revolução”, afirma Luana Souza, 20, estudante de Jornalismo pela UFRB. Ela ainda conta que o racismo age de várias formas na vida dos negros, principalmente das mulheres. “O racismo faz com que a mulher negra se odeie, com que ela não enxergue em si uma representatividade de beleza”, disse. Luana explicou que mulher negra empoderada, que assume seu cabelo black, incomoda muito porque quando a mulher consegue driblar todas as vertentes do racismo que perpassam, também, pela estética, ela está mostrando que a opinião dos racistas não influenciam a ponto delas quererem embranquecerem para se sentirem bonitas. “Me aceitando eu to quebrando a ideia do racismo de que eu sou feia, que eu não represento beleza e que eu preciso embranquecer para fazer parte dos esteriótipos”.
Luana ainda relatou como foi passar pela transição capilar para ter seu cabelo livre de químicas novamente, ouçam:
Ileana Helen, historiadora, participante do Movimento Negro da UFRB, explicou que acredita que ao perceberem mulheres negras que não servem a lógica e compõem um exército que visa “derrubar a babilônia” tira o sono dos brancos privilegiados por esse sistema racista ao qual estamos submetidos. “Esse sistema necessita, para se manter, nos colocam num lugar de subalternidade. E por isso perpassa questões econômicas, políticas e de autoestima. E quando uma mulher preta contraria uma dessas maneiras de inferiorização, a supremacia branca pira, pois se sente ameaçada, até nos mínimos privilégios tentam nos forjar” enfatizou. Ilena completa:
Acreditar no nosso poder, na nossa beleza, no potencial do nosso povo é ferir a lógica supremacista branca, por isso tanto incômodo para a sociedade racista.
Discutir empoderamento auxilia a empoderar mais mulheres negras, dessa maneira, todas seremos cada vez mais protagonistas de nossas próprias vidas, dificultando a predisposição que homens brancos têm de roubar nossa história. Vamos continuar espalhando empoderamento para continuarmos incomodando mesmo todos esses racistas que nos deparamos todos os dias. Empoderamento de negras é ato político de revolução, sim senhora!
Parabéns, Mari! Muito boa a matéria e Luana linda tombando. Arrasaram!
Que bom que gostou, Jamile! Muito obrigada. (:
Essa questão de racismo eh uma loucura ilógica, haja vista, que todos os povos já se misturam isso eh comprovado cientificamente. Eu indico o Livro Padoes Raciais na América Latina
Obrigada pela indicação, Maria!
Muito boa, estimulando cada dia mais nossa aceitação !
Avante, Fernanda! 🙂
Aí que paixão por essa matéria! Continue assim incentivando o empoderamento Mariana. Luana é maravilhosa!!!! ❤
Estou feliz que gostou, Lorrana! <3
Amei o texto. Parabéns! Vcs me representam.
Nós por nós, Cíntia! Muito obrigada 😀
Parabéns, gostei muito da matéria, vamos sim espalhar empoderamento.
Nossa missão, Maria! Fico feliz por ter gostado! >.<
“Me aceitando eu to quebrando a ideia do racismo de que eu sou feia, que eu não represento beleza e que eu preciso embranquecer para fazer parte dos esteriótipos”.
Parabéns pelo texto.
Agradeço, Mírian! (:
Nao precisamos ser o que os outros querem, e sim o que nos queremos ser: livre de opinioes de racistas. A mente de todas nós tem que ser assim livre .
Que sejamos livres, Milene!
Parabéns pelo texto… Avante!
Obrigada, Bruna! \o/
Gostei muitooo, me identifiquei bastante que fotos lindas!!!
Que bom, Clícia! Fico feliz 😀
Mari, tá linda a matéria, parabéns! Tô adorando o modo como o Reverso Online tá sendo guiado ??
Obrigada, Tham! Também tô adorando a nova cara do Reverso Online! (=
Olá, Mariana!! Linda matéria! *-*
Só gostaria de sugerir uma correção: a fonte do GIF é do Jornal Brasil de Fato.
(http://migre.me/vwqQ5)
Um abraço!!
Muito bom!
Que a cada dia que acordemos tenhamos uma centena de conceitos e atitudes dessa forma, ousados com a cabeça erguida e cheias de pertencimentos da nossa história. Somos pretas sim, somos mulheres donas de um legado muito poderoso. E quem não gosta e nem aceita que se mude para bem longe, pois iremos avançar cada vez mais!
Beijosssssss!!!!!!!!
Adorei o artigo, e gostaria de acrescentar que alguns homens negros empoderados também passam por isso… Que o diga o nosso Joaquim Barbosa…
Parabéns!
Desculpe… Então você não vive no Brasil!
Mariana Andrade… Sua matéria é perfeita! Eu sou negro igual a você e também Aderi a essa luta desde adolescente, quando vi os tentáculos da desigualdade racial nesse país! Parabéns!