Reforma na sede da Boa Morte é concluída

O conjunto de prédios do século XIX, passa a ter novos banheiros, rampa de acesso, novas salas, elevador e climatização

 

As obras na sede da Irmandade duraram, aproximadamente, dois anos.  (Foto: Karlos Vynicius)
As obras na sede da Irmandade duraram, aproximadamente, dois anos.
(Foto: Karlos Vynicius)

Murilo Santana

Cachoeira – Com aproximadamente dois anos em reforma, a sede da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, localizada na Rua 13 de maio, em Cachoeira, será reinaugurada no próximo mês de abril. As obras foram executadas com o propósito de adequação às normas de acessibilidade, objetivando que tanto as irmãs, como os visitantes possam dispor de condições apropriadas para melhor interagir com a tradição da Boa Morte.

Para isto, a Irmandade contou com o apoio do Governo do Estado da Bahia e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), o que possibilitou a construção de novos banheiros, rampa de acesso, salas, instalação de elevador e ar-condicionado, dentre outras adaptações necessárias que não prejudicaram a arquitetura interna e externa do prédio.

Durante a reforma, a sede da Boa Morte ficou de portas fechadas, o que impossibilitou a visitação dos turistas ao memorial da Irmandade. Conforme relatou o administrador do espaço, Valmir Pereira dos Santos, a reforma contribuiu para a queda das visitas e para a ausência das irmãs durante o período das obras. No entanto, ele acredita que o prejuízo referente a impossibilidade de acesso durante a reforma, foi válido, tendo em vista que “a causa foi justa, pois o prédio foi transformado em um centro cultural, possuindo as devidas condições de atender aos visitantes, com banheiro de acessibilidade, elevador, climatização, etc.”, destacou o administrador do Centro.

O prédio foi transformado em um centro cultural, possuindo condições de melhor atender os visitantes. (Foto: Karlos Vynicius)
O prédio foi transformado em um centro cultural, possuindo condições de melhor atender aos visitantes.
(Foto: Karlos Vynicius)

Para Joselita Sampaio Alves, 70, integrante da Boa Morte há mais de 30 anos, a reforma foi significativa, “tanto para a gente, como para receber nossos convidados, pois teremos mais conforto, comodidade e acessibilidade. Então quando abrir, as pessoas vão ver muita novidade”, acrescentou.

Por estar realizando estudos na cidade, até maio deste ano, o antropólogo Domingos Albuquerque diz que terá a oportunidade de visitar a sede da Boa Morte, já que é a primeira vez que ele vem a Cachoeira. Além do mais, Albuquerque diz ter o objetivo de, nas horas vagas, conhecer os principais espaços históricos da cidade. “Estou iniciando um projeto de pesquisa aqui na cidade, e percebo que Cachoeira tem uma história muito viva, não só na arquitetura dos seus prédios como também nas diversas manifestações religiosas. Por isso, tenho a curiosidade de conhecer, nos horários vagos, todas as irmandades, igrejas, terreiros de Candomblé e museus”, afirmou o antropólogo.

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