Serviço de internet em Cachoeira é motivo de insatisfação e queixas

Tarcila Santana

Instabilidade de conexão, atendimento ruim, preço e diferença entre a velocidade contratada e a recebida pelo cliente.  Estas são as principais queixas dos usuários de internet em Cachoeira, cidade que possui 1.116 domicílios permanentes com acesso à rede mundial de informações, segundo último censo do IBGE.

A localidade conta com três provedores principais: Oi-Velox, MMA e Tsunami. Porém, esta parcela da população sofre problemas frequentes na qualidade dos serviços oferecidos.

A universitária Mayse Andrade, que divide a moradia com outras quatro pessoas, contou que o grupo optou por contratar o serviço de uma das provedoras locais, pois sua instalação não necessitaria de uma linha de telefone fixo. Segundo ela, “a conexão cai todo final de semana e quando chove piora. A gente já ficou dois dias sem internet em época de chuva”. Reclamou também que as manutenções na rede são feitas nos horários em que a maioria das pessoas está em casa e precisa da internet. Apesar disso, reconheceu que a assistência técnica na casa do cliente acontece de forma rápida, na maioria das vezes.

De praxe

O técnico instalador da MMA Internet, Carlos Henrique, explicou que os problemas podem ser no computador do próprio cliente ou internos. “Às vezes, acontece de um cabo do poste partir, aí temos que fazer a manutenção e uma rua toda pode ficar sem a internet naquele período”, disse.

Mas esses problemas não ocorrem só com as internets locais. A dona de casa Joemília Santos, que optou pelos serviços da Oi-Velox, enfrenta as mesmas dificuldades com a velocidade. “Não dá pra assistir vídeos ou jogar. Quando a gente reclama, eles falam que o problema é da cidade mesmo e mandam a gente ligar e desligar o modem, essas coisas de praxe”, relatou.

Fatores Técnicos 

Foto: Priscila Martins As provedoras locais realizam frequentes manutenções na rede
Foto: Priscila Martins
As provedoras locais realizam frequentes manutenções na rede

Segundo Vinícius Leal, técnico de informática, isso ocorre por fatores   técnicos – precariedade dos equipamentos – ou pela mão-de-obra não especializada. “No caso da Oi, os equipamentos, herdados da Telemar, são velhos e defasados. Além disso, a qualidade do sinal é fraca porque as caixas que ficam nos postes são manuseadas de forma errada:  quando eles desligam uma linha, deveriam trocar ou, pelo menos, retirar os fios por completo, mas não fazem. É isso que causa interferência no sinal e, muitas vezes, cria conflito de linhas”, explicou.

Ele ainda explicou que, para os provedores locais, o processo de colocar equipamentos para a melhoria da rede custa caro e eles não enxergam a viabilidade deste investimento em Cachoeira. Os clientes pagam preços caros em relação à qualidade do serviço. “O problema é que a maioria das pessoas usa a internet para olhar rede social, e-mail, bobagens. E ainda tem outra parte que nem sabe como ver a velocidade da banda contratada. Como as pessoas vão brigar por isso e questionar a qualidade, se eles nem sabem do que estão falando?”, questionou Vinícius.

 


Como reclamar 

Fonte: Anatel  As reclamações sobre o serviço de internet são as mesmas, independente da região
Fonte: Anatel
As reclamações sobre o serviço de internet são frequentes e se repetem em todo o país.

Desde 2012, segundo novas regras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as empresas provedoras de internet são obrigadas a fornecer no mínimo 80% da velocidade média de banda larga contratada pelo cliente. Apesar dessas mudanças, nem todas as empresas conseguem cumprir tais determinações e continuam oferecendo um serviço de pouca qualidade.

A partir disto, os clientes agora têm mais um instrumento de garantia dos seus serviços. Eles podem denunciar as empresas que não cumprem estas normas através do portal da Anatel, clicando na opção Fale Conosco.

 

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