Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê tem histórico de recebimento de ameaças e intimidações; espaço foi vandalizado este ano.

Por Júlia Matos Melo.

O Terreiro Ilê Axé Icimimó Aganjú Didê se tornou parte do patrimônio histórico, cultural e imaterial do município de Cachoeira. A medida foi adotada após o terreiro ter sido alvo de ataques em agosto deste ano, com tentativas de invasão e vandalização de materiais sagrados. O espaço é registrado como parte do patrimônio imaterial do Estado da Bahia e possui processo de tombamento pelo órgão federal responsável pelo patrimônio cultural. As ações violentas recentemente sofridas fizeram o governo federal definir o tombamento emergencial do terreiro. 

A assinatura da lei municipal de reconhecimento do terreiro como patrimônio cultural municipal contou com a presença de representantes do poder público municipal e do responsável pelo terreiro, Pai Duda de Candola. Autoridades das forças de segurança pública também participaram da solenidade. As forças policiais passaram a fazer rondas diárias até o espaço do terreiro após as ameaças e violências sofridas pelos frequentadores.