Turismo durante a Festa da Boa Morte

Sinônimo de religiosidade, fé, beleza e respeito a cultura afrodescendente, a Festa da Boa Morte que completa 237 anos, atrai turistas do Brasil e do mundo, concretizando a sua importância no canário cultural brasileiro.

Acontece anualmente na cidade de Cachoeira, entre os dias 13 à 17 de agosto um dos eventos mais importantes do calendário turístico religioso da Bahia, a Festa da Boa Morte, que tem seu ponto alto no dia 15, quando é comemorada a Assunção de Nossa Senhora. Considerada Patrimônio Imaterial da Bahia desde de 2010 a celebração traz em seus festejos elementos da religião católica e de matriz africana.

A festa atrai​  turistas de várias partes do Brasil e  o do mundo​​ por  contar a história de mulheres que se uniram e lutaram no século XIX para conquistar a liberdade daqueles que eram mantidos presos no modelo escravocrata.

A Irmandade Nossa Senhora da Boa Morte possui grande importância no cenário cultural, o que permite pessoas do mundo inteiro voltar seus olhares para a riqueza desta confraria.

A festa realizada pela Irmandade recebe apoio das secretárias estaduais de Turismo (Setur) e Cultura (Secult) e é viabilizado por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Bahiatursa) e pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). Este ano o Ipac assinou um termo de cooperação com a Confraria.

De acordo com o administrador do Centro Cultural da Boa Morte e organizador da festividade, Valmir Pereira dos Santos, o governo do Estado possui o compromisso de apoiar a cultura e as manifestações afrodescendentes e, com relação a isso a Boa Morte se insere nesse contexto. Durante a entrevista ele afirmou ainda que o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) firmou um convênio com a Irmandade da Boa Morte.

Valmir Pereira fala que “ainda existe  preconceito com relação a tudo, mas graças a Deus esse termo de compromisso foi passando de governo a governo” e falou também que o reconhecimento da Boa Morte como Patrimônio Imaterial da Bahia contribuiu para um diálogo maior entre governo do estado e Irmandade.

É difícil encontrar dados que contabilizem a quantidade de pessoas durante os festejos, por ser realizados a maior parte pelas ruas. Consultando o livro de visitantes da Fundação Hansen Bahia em média  passaram pela instituição 700 pessoas durante o mês de agosto. Entre os visitantes estavam estudantes de outras cidades, turistas dos Estados Unidos, França e Alemanha.

Adriana Bitencount que é de Salvador, veio conhecer a festa e conta que a receptividade durante a celebração foi ótima e pretende voltar ano que vem “foi bonita, tudo muito bonito e agradável. É a primeira vez que venho a cidade e pretendo voltar ano que vem”. A visitante conta ter amado a cerimônia.

Foto: Camilla Souza

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