A utilização de aplicativos de relacionamento

Por: Amanda Brito, Deise Almeida, Milena Gualberto e Yuri Ferreira

A tecnologia resolveu ajudar e fornecer, de forma gratuita, cupidos virtuais que facilitam a paquera nesse mundo moderno. Os aplicativos de relacionamento se popularizaram nos últimos tempos, principalmente entre os jovens que buscam encontrar um companheiro com praticidade. Tinder, Grindr, Amor em Cristo, Badoo, entre outros aplicativos que prometem achar seu “par perfeito” sem precisar sair de casa. Os cupidos virtuais trazem um leque de opções de acordo com a preferência de cada usuário. Cada pessoa tem um perfil, com dados do que aparentemente ela é, gosta e quer.

O acesso a escolha é tudo que boa parte da população precisava para encontrar o parceiro ideal. É muito mais fácil ao sentir vontade de ter uma companhia agradável naquele exato momento, ou querer encontrar o amor da sua vida, ao fazer a utilização doa aplicativos de paquera, atendendo tanto o publico mais desinibido quanto os mais tímidos.

A forma com que cada pessoa lida com esses aplicativos é completamente diferente. Cada individuo faz dessa tecnologia o uso que lhe convém. Dessa forma, muitas vezes se jogar nos romances virtuais sem a segurança de que aquela relação se torne “real” é um risco que todos que se cadastram estão dispostos a correr. “Eu uso o Grindr, ele é legal. Já tive vários encontros pessoalmente com usuários do aplicativo. Alguns foram horríveis, outros foram legaizinhos, deu até namoro”, disse Almir Ferreira, 20, afirmando que a utilização do aplicativo pode dar certo ou errado.

Almir Ferreira, utilizador assíduo dos aplicativos de relacionamento.

As relações interpessoais acabaram sendo reduzidas pelo tempo que as pessoas dedicam aos aplicativos na busca pelo par perfeito. Já Andressa Carvalho, 24, gosta dos aplicativos por lhe dar conforto e segurança, permitindo que ela paquere sem se expor, como seria em um contato pessoal. “Eu acho massa, porque é mais fácil de puxar um papo protegido por uma tela, né? Tipo se rolar um fora é algo mais privado, e tem o conforto de poder conhecer alguém na sua casa ou em qualquer lugar que quiser”. Usuária do Tinder, ela afirma que todas as suas experiências com o aplicativo foram ótimas.

Natalice Neris, 44, mãe solteira, extremamente conservadora, usa o aplicativo Amor em Cristo, mas não teria de jeito nenhum um perfil no Tinder. O fato do aplicativo ser direcionado a pessoas que tem uma relação com Cristo, antes de qualquer outra relação, facilita o uso. É muito mais encorajador, muito mais confortável para ela saber que está conversando, se permitindo a um relacionamento virtual com alguém que compartilha da mesma fé e dos mesmos princípios.

Muitas pessoas preferem que o primeiro contato seja virtual, é muito mais fácil desenrolar uma conversa. Para elas, o papo virtual é pré-requisito para o primeiro encontro. Para Elen Diana, esse é um dos pontos negativos, dando preferência aos encontros “ao vivo e a cores”, ela acredita que os aplicativos de relacionamento impossibilitam esse primeiro contato. “Nunca usei esses aplicativos, mesmo curiosa a respeito… quando eu conhecer alguém, quero que seja natural, acredito que esses aplicativos afastam as pessoas do contato pessoal”, concluiu Elen.

No Brasil, a cada cinco usuários, uma utiliza aplicativos de relacionamentos. Ou seja, 20% dos internautas brasileiros buscam aplicativos para conhecer pessoas, tanto para fazer novos amigos ou conhecer um novo amor. Porém, um estudo mostra que 80% dos internautas do país não tem interesse em se tornar usuários desse tipo de aplicativo, sendo que a maior parte desse percentual é de mulheres. Entre os 20% que utilizam, há uma preferência pelo Tinder e Badoo, em relação aos demais aplicativos.

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