Associação Chitarte é apresentada em ensaio visual do dossiê Reverso Online

Grupo de costureiras gera renda por meio do artesanato e acolhe vítimas de violência contra mulheres.

Por Rebeka Francis (texto e fotos).

A Associação Artesanal Chitarte começou sua história em 1988 na cidade de Cachoeira (BA) com o apoio do extinto Instituto de Artesanato Visconde de Mauá. São mais de 17 artesãs que possuem a missão de contribuir na geração de renda, bem-estar e inclusão social para as integrantes do grupo e participantes dos projetos realizados em parceria com a organização.

A Chitarte é movida pela responsabilidade sociocultural. As associadas agem com respeito às diferenças, buscam a sustentabilidade para gerações futuras e valorizam o patrimônio cultural. A partir da realização de projetos como “Bordando história na chita” e “Uma por todas e todas por uma”, o grupo tenta amenizar as consequências sociais da questão da violência contra a mulher, a exemplo da depressão e a instabilidade financeira.

Reconhecidas nacionalmente, as mulheres da associação lutam há mais de 30 anos pelo reconhecimento do trabalho artesanal, a geração de renda e a abertura de espaço para inserção de mulheres em estado de vulnerabilidade no mercado de trabalho. 

Esta edição do dossiê Reverso Online traz o ensaio fotográfico realizado no ateliê das costureiras, no Recôncavo Baiano.  O trabalho apresenta imagens das mulheres que fazem parte da associação, o dia-a-dia das atividades, momentos de descontração e detalhes sensíveis da produção artesanal.

Partilha de saberes: há 35 anos o grupo Chitarte compartilha saberes em espírito de cooperação e aprendizado mútuo entre gerações.
Base e resistência: Maria das Graças (esq.) e Arlinda Damasceno fazem parte do início da história do grupo Chitarte partilhando experiências e fortalecendo a cultura local.
Montanha de Chita: sendo a matéria prima principal da produção no grupo, o tecido de chita tem a identidade do Nordeste em cada detalhe.
Mãos que bordam: a técnica do bordado é muito utilizada nas aplicações em roupas, além de ser parte dos saberes geracionais compartilhados pelo grupo.
Modelagem: com mãos precisas, Dona Terezinha modela o tecido vermelho para confecção de produtos da Chitarte
Coser: como parte do processo de produção do grupo, a costura, seja à mão livre ou em máquina, traz estrutura para as peças tornando cada pedaço de tecido um só.
Jardim de Dona Terezinha: com carisma, a artesã mostra os detalhes da flor bordada à mão.
Samba Miúdo: o movimento da saia em chita casa com o samba e amarra gerações de uma cultura resistente e viva!
As flores também fuxicam: o tecido de chita é protagonista em muitas peças do grupo, que ressignifica um material conhecido por ser popular a algo refinado e detalhado.