Gabi Nascimento
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) divulgou que o governo mexicano abriu inscrições para que estudantes brasileiros participem do Programa Bolsas para Estrangeiros 2014. As inscrições para quem quiser estudar no Mexico ficarão abertas até o dia 30 de maio. São ofertadas cinco bolsas para os estudantes brasileiros. Os interessados devem entrar no site da Universidade (ufrb.edu.br/supai).
Intercâmbio universitário é uma ótima pedida para quem sempre quis morar fora do país. A oportunidade de conhecer o mercado e profissionais da sua área, atuantes em culturas completamente diferentes, faz os olhos de muitos jovens brasileiros brilharem.
No dicionário português, a palavra intercâmbio quer dizer troca. É exatamente isso que esse universo cria, troca de culturas, de experiências, de idiomas e percepções da vida. Provavelmente o estudante vai levar na bagagem muito do que aprendeu em sua terra e sofrerá grandes influências na sua nova casa. Londres, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Canadá ou até na China, não importa, vivenciar as delícias que cada país desses pode proporcionar é o que impulsiona intercambista.
Mas vontade não é suficiente para se aventurar a sair do Brasil e embarcar para essa nova vida, é fundamental que o universitário conheça a língua mãe do seu destino. Por isso vários jovens buscam aprender novos idiomas para conseguir a tão sonhada bolsa.
Auxílio aos estudantes
Na UFRB são oferecidos cursos de inglês, espanhol e francês. Esses cursos, de iniciativa da Superintendência de Assuntos Internacionais, são gratuitos e auxiliam aqueles que têm o interesse de sair do país para estudar.
O Governo Federal também tem o programa Ciências sem Fronteiras, que é uma criação do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Segundo dados oficiais, este programa já levou cerca de 53 mil brasileiros para todo o globo.
Tudo é pago pelo Governo. Alguns requisitos básicos para conseguir a bolsa são: Ter nacionalidade brasileira, estar regularmente matriculado em um curso de nível superior nas áreas contempladas pelo programa e ter cumprido no mínimo 20% e, no máximo 90% do currículo previsto para o curso.
Apesar de o programa ter levado milhares de jovens brasileiros para o mundo inteiro, ele não contempla a área de humanas, motivo inclusive de brigas e processos dos estudantes contra o Governo por se sentirem desprestigiados e lesados. As áreas contempladas estão entre as engenharias, tecnologia e biologia.
A experiência dos intercambistas
Alguns jovens que foram selecionados no programa Ciência sem Fronteiras e hoje estudam fora do país, contam sobre sua experiência. Eto Carvalho, 28 anos, estudante de agronomia da UFRB, que faz intercâmbio no Canadá, falou de sua percepção em entrevista via e-mail: “Se relacionar com pessoas de outras culturas é algo muito interessante, poder compartilhar suas experiências, falar sobre seu país e escutar muitas coisas também. Todos querem saber muito sobre o Brasil e sempre nos recepcionam bem.”
“Com a distância você passa a valorizar a comida do país, as belezas do Brasil, ao povo educado e simpático que só aí tem.” Contou a estudante de Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnologia (BCET) da UFRB, Jamile Fiuza, 21 anos, que está fazendo intercâmbio na Itália.
Raíza Freitas, 21 anos, estudante de odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é intercambista no Canadá e conta o significado dessa experiência para ela. “Intercâmbio também é amadurecimento. Aqui não tem mãe, pai, família e os velhos amigos para te dar suporte em uma situação difícil. Mas posso afirmar que, por mais que pareça muito difícil, está sendo a melhor experiência da minha vida até hoje”.