Festejos juninos 2022

Fotografia: Tainá Bastos

(estudante do 5º semestre do curso de Jornalismo da UFRB)

Editorial

A retomada das festas juninas após o combate de mais de 2 anos contra a pandemia do novo coronavírus, que impôs períodos de quarentena e distanciamento social, trouxe muita alegria e liberdade para quem gosta de dançar, se reunir para comemorar com amigos e familiares e assistir a shows.

As festas juninas no Brasil são, em sua essência, multiculturais. O formato com que hoje as conhecemos tem sua origem nas celebrações dos santos populares em Portugal: a de Santo Antônio, a de São João e a de São Pedro e São Paulo. Recebeu o nome de “junina” (chamada inicialmente de “joanina”, de São João) porque ocorre no mês de junho.  Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegadas a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já havia sido trazida ao país pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

Justamente pela importância cultural, principalmente na região Nordeste, o tema deste Dossiê –  Festejos Juninos 2022  – foi eleito pela turma de Oficina de Jornalismo On Line do semestre 2021.2 da UFRB. E foi fruto de mais um semestre letivo de ensino remoto com o desafio de produzir de longe do campus de Cachoeira esta edição especial. Tivemos de elaborar, produzir, revisar e editar o jornal todo a distância. Com repórteres e professora orientadora distantes fisicamente, ainda sem o olho no olho da rica e ainda insubstituível comunicação face a face. Apesar de não ter sido produzida com o troca-troca do estar fisicamente juntos, esta edição traz novos olhares sobre as festas juninas guardiãs de tradição secular de dançar ao redor do fogo!!

O Dossiê traz reportagenss sobre a retomada com saudade das festas, como a sobre memórias de baianas (mãe e filha) que vivem na região Sudeste: Um correio elegante de Paraty para Ituberá: “Se eu pudesse trazer meu São João de lá, eu traria”; e outra, intitulada Olha o fogo, olha o fogaréu, em referência à música Fogaréu (Chiclete com Banana, 2000), e que trata da tradição da fogueira nas noites do São João na zona rural do Recôncavo da Bahia.

Outras reportagens abordam o que mudou em relação aos festejos e a origem dos vestuários e adereços juninos. E não podia faltar um aspecto importante das celebrações: a parte da culinária. A comida está contemplada na matéria Baiana inova em receitas com ingredientes típicos juninos para aumentar as vendas durante o resto do ano, que mostra como reutilizar as comidas juninas de outras formas.

 Convidamos a todos e a todas com alegria para ter uma boa leitura!!!

Hérica Lene

Jornalista (ES 0764 JP)

Professora do curso de Jornalismo da UFRB

Editora do Reverso On Line  de julho de 2022 (semestre letivo 2021.2)