Em oito anos, cargos de supervisão ocupados por mulheres crescem 13% na Embrapa

Diego Azevedo

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), segundo seu site, é uma instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil. Tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias, conhecimentos e informações técnico-científicas voltadas para a agricultura e pecuária brasileira. Tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. A sua atuação junto à sociedade baseia-se numa estrutura organizacional composta de Unidades de Pesquisa, Unidades de Serviços e Unidades Centrais, contando com 9.790 empregados, dos quais 2.444 são pesquisadores. Suas unidades (centros de pesquisa) estão distribuídas em quase todos os estados do Brasil e suas ações de pesquisa têm abrangência nacional.

Em Cruz das Almas, está localizada a única unidade da Embrapa de todo estado baiano. Segundo informações de Iara Rocha Lordelo, do Setor de Gestão de Pessoas (SGP), a instituição possui atualmente 18 cargos de supervisão, sendo que os homens ocupam aproximadamente 61 %, e as mulheres ocupam 39 %.

O artigo Des-Construindo Gênero em Ciência e Tecnologia de Elizabeth Bortolaia Silva, no tópico ‘Universalidade’ traz a citação que a continuidade entre o que é científico, político e social incorpora uma cultura de gênero onde as mulheres são concebidas como subordinadas. No entanto, ao realizar um comparativo com o quadro de cargos de supervisão da Embrapa, fica nítido que o sexo feminino segue quebrando este tipo de ideologia, da mesma maneira que a autora ao longo do texto, e aos poucos vêm conquistando seu espaço, pois, entre 2008 e 2016, as mulheres tiveram um aumento de 13%, e os homens no mesmo período cresceram apenas 7%, nos cargos de chefia ocupados pelos profissionais, conforme mostra o gráfico abaixo:

INFOGRAFICO

Para Janaina Caldas, doutora em produção vegetal e pesquisadora da Embrapa, é necessário quebrar o paradigma de que mulher tem obrigação de ter como prioridade as atividades domésticas em sua vida. “O que nós, mulheres, podemos trazer de conhecimento para a sociedade vai muito além dos cuidados do lar. Da mesma maneira que temos homens dominando atualmente os cargos de chefia nas instituições, nós continuaremos lutando para que essas posições possam ser distribuídas de maneira igualitária entre os gêneros. Isso vale para a ciência e tecnologia também. Iremos buscar nosso espaço”.

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