Por Cathy Arouca, Lorena Carneiro, Marcus Maia e Rafael Cerqueira Entre fotos e mais fotos no feed, um padrão se multiplica. No Instagram, com os likes e uma competição silenciosa de quem tem mais seguidores, se estabelece uma norma estética, que soa necessária para aqueles que querem entrar na sociabilidade. De acordo com dados divulgados pelo próprio Instagram em 2018, a rede social atingiu a … Continuar lendo Sem curtidas: a influência das redes sociais na saúde mental de jovens mulheres
Por Lucas Almeida Em Cruz das Almas atualmente as 15 cadeiras que ocupam o legislativo do município estão preenchidas por parlamentares do sexo masculino, portanto, nenhuma mulher ocupa este espaço, mesmo sendo maioria da população (52%), as negras e negros também ocupam poucos cargos de direção em empresas e órgãos públicos. A situação das cerca de 50 milhões de mulheres negras é ainda mais complicada. … Continuar lendo A falta de representatividade feminina na política
Crescimento indicado pelo IBGE atesta a desconstrução da ideia de que mulheres devem dedicação total ao lar e à família Jessica BatistaS O Superior Tribunal de Justiça (STJ) elegeu pela primeira vez uma mulher como presidente. Laurita Vaz era vice-presidente do STJ, mas também já ocupou os cargos de Subprocuradora-Geral da República e antes disso, Promotora de Justiça do Estado de Goiás. Ao mesmo passo, … Continuar lendo Aumento do número de mulheres em cargos de chefia
Victor Rosa Ano após ano a população trans vem ganhando cada mais destaque, voz e espaço na sociedade, principalmente no ambiente acadêmico. Identidade de gênero e orientação sexual vêm se tornando pautas frequentes nas universidades, mesmo nos cursos considerados elitistas e preconceituosos, a exemplo da área de saúde e das engenharias. Os estudantes trans estão conseguindo conquistar direitos antes considerados impensáveis, como a aceitação do … Continuar lendo Transexuais e a luta pelos direitos básicos
Por Ana Célia Coelho Você sabe o que significa sexting e nude selfie? Em Cachoeira, no último ano, três crimes dessa natureza foram oficialmente relatados. A mais recente vítima desse tipo de crime foi uma cachoeirana de 25 anos. Ela registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Polícia Civil de Cachoeira e aguarda a apuração do inquérito. Neste caso, a própria vítima tirou as fotos … Continuar lendo “SEXTING”: EXTENSÃO DE PRÁTICAS OFENSIVAS E CRIMINOSAS CONTRA AS MULHERES
Josuel Rocha O machismo no cotidiano Nos dias atuais ainda nos deparamos com diversos comportamentos e atitudes de machismo que não são vistos dessa maneira, e sim como algo natural, que é dessa forma porque sempre foi e tem que ser assim, fruto ideias construídas e colocadas na mente das pessoas desde os primórdios da sociedade. E quando há quem resista, imediatamente a sociedade usa … Continuar lendo Os comportamentos machistas tidos como comuns no dia-a-dia
Em seu texto introdutório no livro “O feminismo mudou a ciência?”, a autora Londa Schiebinger, trata de indagar que mudanças úteis o feminismo trouxe a ciência. Já em suas primeiras linhas ela afirma que sim, o feminismo trouxe mudanças significativas para a ciência. O fato de termos mulheres ocupando cargos importantes nas grandes empresas e inclusive na ciência é prova de que o feminismo projetou … Continuar lendo Grandes avanços na ciência graças ao feminismo
Tarcilo Santana Com o crescimento do movimento feminista, a mulher tem alcançado cada vez mais, apesar de lentamente, lugares antes negados a elas. Essa ascensão permitiu-lhes questionar os dogmas sociais dentro dos quais estão inseridas. Dentro da pesquisa histórica, fatos já dados como verídicos puderam ser questionados. O seu desenrolar, seus protagonistas e suas consequências. Há uma música que diz que “a força deixa a … Continuar lendo O Feminismo mudou a história?
Mirielly Senna Entende-se por aborto, a morte do embrião ou feto durante o seu desenvolvimento uterino. Segundo uma matéria de Daniel Fernandes, publicada no site EPD Online, desde 1984, no Brasil o aborto é considerado como crime contra a vida humana pelo Código Penal Brasileiro. Porém, não é considerado como crime quando praticado por médico capacitado em três situações: quando há risco de vida para … Continuar lendo Legalizar o aborto! Pelo direito à vida das mulheres
Nos últimos anos, o número de universidades públicas no Brasil tem crescido pertinentemente. O ingresso de jovens negros e indígenas tem sido possível devido a implantação das políticas públicas que buscam assegurar a inclusão racial nesses espaços que, até então, foram ocupados durante décadas exclusivamente por indivíduos brancos. Ainda assim, hoje é possível notar a presença dominante de mulheres nas academias, comparada a participação masculina. … Continuar lendo Mulheres negras nos espaços acadêmicos: Sim, elas existem!
As mulheres estão provando que o mercado está mudando, bem como a engenharia como conhecemos e estamos acostumados. Por Thielly Cristine Cassiano No senso comum da sociedade patriarcal, desde pequenos somos ensinados sobre qual é o papel e função da mulher. Aprendemos que a mulher deve cuidar da casa e dos filhos e os homens devem prover a família, trabalhando fora de casa e conquistando … Continuar lendo Mulheres nas Engenharias: A conquista de um espaço antes tido tradicionalmente como masculino
Ainda hoje, podemos perceber a forte desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, principalmente nas áreas de ciências e tecnologias. Como diz a autora Elizabeth Bortolaia, no texto “Des-construindo gênero em ciência e tecnologia”: “É comum se ouvirem explicações simplistas sobre a realidade de que as coisas são do jeito que são em virtude de homens serem homens e mulheres serem mulheres.” A naturalidade com que essa divisão é vista pela sociedade causou profundas conseqüências psicológicas, de comportamento e sociais.
Elas Fundo de Investimento Social, é um projeto que há mais de 15 anos, investe exclusivamente nos direitos e no protagonismo feminino ao doar recursos para grupos informais e formais e organização de mulheres em todo Brasil, além de promover seu fortalecimento institucional. São milhares de mulheres de diferentes etnias, raças, orientações sexuais, histórias de vida e perspectiva direta e indiretamente apoiadas todos os anos em projetos que somam diversidade, transversalidade e inovação.
Entre esses projetos foi criado o “Elas nas Exatas” que tem o objetivo de contribuir para redução do impacto das desigualdades de gênero nas escolhas profissionais e no acesso à educação superior das estudantes. É a primeira vez que o ELAS lança um concurso com foco em educação, ciências exatas e tecnologias.
Lançado no de 03 de agosto de 2015, o concurso recebeu 173 propostas de todo o país. Foram selecionados 10 projetos que serão realizados com alunas do ensino médio de escolas públicas e voltados para estimular as meninas a se envolverem com as ciências exatas e tecnologias, sensibilizando a gestão escolar. Oficina de circuitos elétricos, aula-performace sobre mulheres cientistas, capacitação em robótica, programação com software livre, produção de webseries sobre a atuação de mulheres negras na história das ciências, criação de peixes e hortaliças com uso da técnica aquaponia e capacitação na área automobilística através do desenvolvimento de um veículo são algumas das ações previstas nos projetos aprovados. Cada projeto receberá 30 mil reais. Todas as informações estão na pagina “Elas Fundo de Investimento Social” no facebook.
Entre os aprovados está o projeto, Nativas Digitais da Fundação Casa Paulo Dias Adorno, localizada em Cachoeira-Ba. Que tem como objetivo especializar meninas na área de ciências exatas e tecnologia. O projeto foi aprovado em 2° lugar, o que sem dúvidas é motivo de grande orgulho para o povo cachoeirano. Em entrevista, Marcelino Gomes de Jesus, diretor da fundação, relatou que foi feita uma parceria com Colégio Estadual da Cachoeira (CEC), onde estão sendo realizadas as aulas, todos os sábados. A seleção foi feita através de um questionário que foi passado em todas as salas de aulas do colégio, onde foram selecionadas 27 meninas, o curso iniciou no dia 12 de março de 2016 e tem a durabilidade de 9 meses. Marcelino concluiu dizendo: “Nosso objetivo é mostrar para essas meninas que elas são capazes de trabalhar onde elas quiseram.”Foto tirada da página Nativas Digitais no facebook
É através de projetos como esse que o mundo pode se tornar mais igualitário. Dando as mulheres a oportunidade de mostrar que elas são capazes de esta onde elas quiserem. E mostrar para a sociedade que a diferença de gênero não interfere nem para melhor, nem para pior nos seus atos. Para Elizabeth Bortolaia “É tempo de mudar a nossa maneira de conceber as diferenças sociais se quisermos que as nossas realidades não sejam totalizadoras e que as nossas vidas reflitam as possibilidades de não-dominação. A questão não é apenas de diferença entre homens e mulheres, mas, sobretudo de desigualdade. A preservação e o cuidado com as diferenças é a parte do projeto de reconstrução de um mundo mais igualitário.”
Por: Jamile Novaes Segundo indicadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), até o ano de 2005, dos 63.234 docentes do ensino superior, 1.659 eram mulheres negras e, dentre essas, apenas 251(0,4%) possuíam o título de doutorado. Tais dados retratam uma limitação existente no acesso de mulheres negras à universidade. Mesmo entre … Continuar lendo Professoras doutoras negras: um caso de sucesso e representatividade no Recôncavo
Iêda Maria Brito Parteira é um título mais antigo do profissional que chamamos de obstetriz. Ao longo dos anos, baseando-se em novas filosofias, houve mudanças, na denominação e na área de atuação dessas profissionais. Passando de parteira para obstetriz (1925) e finalmente a enfermeira obstetra (1949). Até 1932, no Brasil, a pratica da profissão era exercida por mulheres possuidoras de “Certa experiência de Examinação das … Continuar lendo Mãe Lita conta a importância de parir seus filhos em casa com parteiras
Por Karla Souza As mulheres negras são a maioria da população da Bahia, 51,8% no estado mais negro do país, 79,3% segundo o IBGE na Síntese de Indicadores Sociais, em 2015. A maior parcela no trabalho informal e na frequência ao ensino superior também são as mulheres, no entanto, recebem em média R$302 a menos que os homens. Enquanto o rendimento médio das pessoas … Continuar lendo Mulheres negras no mercado de trabalho baiano